sábado, 3 de janeiro de 2009

Cogumelos- preparo de composto spawn

Preparo de inoculante spawn (em grãos, pelets ou composto de fibras trituradas=ogakin).










Material pode ser:

- grãos de trigo ou arroz com casca, milho de qualquer tipo, ou fibras vegetais em comprimidos(pelets), fibra de qualquer vegetal moído e comprimidos em grãos (granulados); ou ração granulada para coelhos, ou galinhas, ou para porcos, etc...

Quando for em pelets (grânulos comprimidos) deve umedecer mínimo possível, se não vão se desmanchar. Quando pelets, facilita inoculação quando for em toras de madeira.




Vamos descrever um com mistura de fibras e farinha de cereais:

Junte numa vasilha (+ ou - para 2 litros):










-2 copos grandes (300ml) de fibra de trigo ou serragem (pó de serra) secos, (pode ser palhas de gramas, ou folha de bananeira, ou folha de bambú, moídas, bem trituras num processador e secos, para evitar excesso de água no composto final, já que a maioria dos outros componentes são úmidos;


-1 colher de café de cinza vegetal (pode ser da churrasqueira), ou 1/2 colher de café de cal agrícola(ou cal dolomita ou carbonato de cal, ou gesso de cal), É importante para neutralizar acidês do composto/spawn e não deve ser esquecida;




-1/2 xícara(250ml) de farinha de milho (grosso ou fino), ou de mandioca, ou de centeio, secos;

-2 xícaras(250) de casca de legumes e ou frutas (desprezadas da cozinha como casca de melancia, melão, couves, casca de pepino, casca de batatas, folha de beterraba ou cenoura,...) ralado no liquidificador ou processador. E depois espremido, bem forte. Seria bom secar pelo menos por um dia ao sol, abrindo em uma bateira forrada com papel pardo ou com pano, para tirar excesso de água, que ainda sai de dentro de cada grão, durante crescimento do micélio de cogumelo, podendo enxarcar depois;




-1/2 xícara de grão leguminosas (para fornecer peptonas),(feijão, ou soja, ou lentilha,...) prepare deixando de molho um dia antes, rale(crú),( ou melhor cozido que rende mais) num processador ou liquidificador, e escorra numa peneira ou pano, apertando forte, para tirar excesso de líquidos; ou caldo (líquido) de feijão, ou soja, ou carne(ossos), fervido em panela de pressão 20 min. sem sal (na mesma quantidade = 1/2 xícara, mas se ficar muito úmido acrescente mais serragem seco, até pegar ponto;

-Opcional: pode acrecentar (1 xícara=200ml) de esterco curtido (1 ano em recipiente herméticamente fechada= como num tonel de plástico com tampa segurando com cinta metálica), seco e peneirado, de qualquer animal ou ave. Ou húmus de minhoca, seco e peneirada=terra vegetal=terra preta.

Esterco ao ser curtido por 1 ano, em ambiente sem oxigênio, mata qualquer microrganismo patogênico, (mesmo esterco de porcos, gado, cães e gatos, aves,...) e ficará seguro manipulá-lo, secar e peneirar sem risco de contaminar biológicamente falando, o pulmão,....(mas ao fazendo levantar qualquer pó, nunca esqueça de usar máscara simples ou lenço com folha de algodão (0,5 cm de espessura), cobrindo nariz e boca, para evitar outras doenças como enfizema.

Misture tudo e faça prova de consistência da umidade, pegando um punhado nas mãos e apertando.

Se a massa ficar firme e unida, está no ponto bom.

Se a massa não se grudar, vá acrescentando água, de colher em colher, até poder ficar no ponto.

Se pingar água, de entre os dedos, tem excesso de água. Então, acrescente mais serragem seca e ou farinha seca, ou passe num pano, torça firme, para tirar excesso de água, antes , ainda acrescente mais um pouco de algo seco como serragem.



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Imagem copiada da internet .


Vidros devem ser tampados, muito de leve, para permitir saída de pressão interna, durante esterilização, ou ela se explode lá dentro, e perde o trabalho e os vidros mais substrato. Só apertar rosca depois que esfriar.






Copo de plástico termo-resistente(polipropileno) que agüenta, temperatura da autoclave ou panela de pressão.

Fechando com saco de plático propileno, dobrada ao meio e passar duas borrachinhas. Agüenta autoclave ou panela de pressão, para esterilizar.

Para spawn em saco plástico(polipropileno), use 3 camadas (3 sacos um dentro do outro), só por garantia.

Saco para 1 litro, mas o quanto ocupar de composto é importante, pois terá que dar um nó bem fechado, para evitar entrada de contaminantes, depois.

Aperte de leve e torça para ficar unido e comprido, para depois dar nó.

Ilustrando tipo de nó.









Para levar à esterelização, precisa ainda embrulhar este saco com composto/spawn, em duas folhas de jornal, ou 1 folha de papel pardo, porque se o plástico encostar na parede da panela ou parte metálica do autoclave, o plástico derrete.

Este plástico agüenta os 120ºC da esterilização(vapor quente sob pressão), mas no metal a tempertura é bem maior, quando em contato direto com fogo). Se for metal, como instrumental dentro, não teria problemas.




Feito a mistura, envase em vidros(+ ou - 500ml ou 250ml) tipo conservas, ou maionese , ou potes de plástico, ou saco de plástico de propileno(3 camadas) de preferência transparentes e que agüentem temperatura de microondas, panela de pressão, ou autoclave.








Obs.: Se o "composto para spawn" tiver finalidade de forçar ou induzir ao sugimento de hifas brancas (micélio), em células globulares do cogumelo (capa parda-creme-leitosa que se forma na superfície do àgar/gel, ou gotas de colônias isoladas da mesma coloração), envase o "composto para spawn" em frascos menores, como num copo, e só precisa enxer um pouco, + ou - até 1/3 do copo.





















Feche bem com material termo resistente ( tampa metálica nos vidros deve estar desenrosqueada, se não ela pode explodir dentro da panela de pressão.) Neste último caso rosqueie levíssimo e só aperte rosca e fechar, depois que esterilizou e esfriou. Mais prático é fechar com saco plástico termo resistente e folha de alumínio, no meio do saco plástico, e por final dar voltas com atilho ( argolinhas de borrachinhas).































Leve para panela de pressão ou autoclave e esterilize por 30 min. chiando. Alguns sites errôneamente recomendam 1 hora e meia. Este tempo é para pasteurização, ou seja sem pressão. Desligado fogo, mantenha a panela no lugar, ainda, e deixe esfriando bem devagar, sem dar banho de água, para aproveitar o calor por mais uns 10 ou 15 min. Depois de 30 min. pode abrir e deixar esfriando ao ar ambiente, para ajudar a secar, melhor. ou deixe a tampa entre aberta e religue o fogo, muito baixo, até secar os objetos de dentro.

O termo é esterilização quando feita em autoclave, ou panela de pressão, ou gás químicos.




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Modos de inoculção em spawns (inoculadores):















Imagem copiada da internet.





Não abra toda tampa. Só abra o suficiente para introduzir o inoculante e feche o quanto antes.
Ou injete fincando na tampa, após assepsia com álcool iodado 1% ou lysol, sem abrir tampa.
Para evitar entrada de contaminante.
O furinho da fincada deve ser ocluida com fita adesiva, cortada sem encostar na parte que vai tampar o furinho, por isso corte mais comprido e segure só pelas pontas do pedaço de fita. (Que pode ser de crepe, ou esparadrapo, ou durex largas).










Se o composto for em sacos plásticos, mantenha-os fechados. Apenas injete com uma seringa, esporos diluidos em água esterilizada(pode eterilizar em vidro). Antes de fincar com agulha da seringa faça antissepsia do local com álcool iodado 1%, como na de injeções.
Tampe o furinho, deixado pela agulha com tira de fita adesiva. Cuidando para não tocar na parte que vai tampar furinho. Corte mais comprido e só segure pelas pontas da tira que cortou.




Leve para incubadora e fique observando uma vez ao dia, até ficar branco de micélios por todo composto/spawn.

Quando ficar bem branco tire da incubadora e guarde na geladeira, na parte de baixo. Pode ser usado dentro de seis meses, mas é melhor usar dentro de 30 dias, para semear toras de madeira, ou composto em caixas ou potes grandes.

Para semear compostos em saco plático, melhor não usar em spawns. E sim em células globulosas de cogumelos (placa-leitosa-parda) que é mais fácil de diluir em água estéril, para ser injetado com seringas. pois abrir saco, ou furar saco com furo maior, teria mais riscos de contaminar. E a seinga é bem mais prático.

Técnica de inocular toras de madeira, ou compostos em caixas e potes, será postado cada uma em partes separadas e com mais detalhes.





Se o objetivo do cultivo em spawn, foi para forçar surgimento de hifas brancas em esporos globulares, é só aguardar colocando na incubadora e vistoriar diáriamente. Quando aparescer uma primeira colônia de hifas brancas (pelinhos brancos), pegue com ponta de um aramezinho, uma parte da hifa e semeie-o num frasco com ágar/gel(sem açúcares como dextrose, glucose, frutose,...melaços) porque deixam de formar hifas novamente e passam a ter só células globulares de cogumelo) (=se acomodam).

Não que isso seje ruim, mas em hifas é melhor em algumas situações, como para revender, que tem mais aceitação, por ser visível a olho nú, de não ter contaminantes, ou confundir-se com colônia de bactérias em forma de côcos.


Este método(p/spawn) serve para todos(ou maioria) dos cogumelos comestíveis ou medicinais, etc...


Sugestão de outra receita, num outro site:
Inóculo em Sementes de Cereais – Preparação :
http://paginas.terra.com.br/negocios/cogumelohobby/trigo%20cozimento.html









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Cogumelos & Cia (5)---Coprinellus sp (A-11)






Coprinellus sp (A-11)















e mais amostras (A-03, A-33, A-92)










Provávelmente comestível, mas testes estão em andamento.








































Superfície da cabeça parda e escamosa.





Diâmetro da cabeça cerca de 1 mm.





Encontrado dia 31-07-2008 em Ivoti-RS-Brasil.





Tentado cultivar seus esporos, mas sem sucesso.





Crescendo bem firme num tronco morto, que ao arrancá-lo quase esmagou ponta do caule(do cogumelo)































































































Observe que todo resto do corpo é bem branco, inclusive as lamelas, que não se nota nesta foto, falta de resolução de foco.
















































































































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Cogumelos & Cia (4)--- Coprinellus sp. (A-03)

Coprinellus sp.

Crescendo num tronco de amoreira branca (parte morta do tronco).
Nativa de Ivoti-RS-Brasil.
(=Coprynus sp)







30-07-2008



Meu código: A-03 (para localisação do cultivo de esporos)










30-07-2008
















30-07-2008












30-07-2008






Temperatura ambiente da data: 21ºC
Choveu durante 3 últimos dias.
Tamanho do corpo variando entre + ou - 7 mm à 10 mm de diâmetro.
Cor bastante branca com manchas escuras pontilhadas.
Cabeça em formato de guarda-chuva semi-aberta. Nos bem branco e novo, o corpo repele a água da chuva.
Lamelas igualmente brancas, com cabeça aberta.
Nascendo em grupos sobre um tronco de amoreira, na parte da árvore que secou devido podas dráticas, com variados estágios de maturação. A mesma amoreira conserva-se viva e em plena brotação da primavera, sem mais aparentes anormalidades.
Os cogumelhinhos, mais velhos e murchos ficam com tonalidade de marrom-pardo-escuro e perde propridade de "repelir água".
Sem luminescência no escuro.







22-08-2008
Este é o mesmo tronco, com mesmos cogumelinhos, mais envelhecidos(22 dias depois com chuvas mais prolongadas, quaze 2 semanas de chuviscos pára-não-páras).
Ficaram com o dobro do tamanho, comparado ao do dia 30-07-2008.
Tornou-se com aparência dos Mycenas sp.
As Mycenas sp. têm pernas mais alongadas, e manchas de estrias mais acentuadas na cabeça ( na sombreira).




Os Coprinellus sp (Coprynus sp) são tidos como comestíveis.

Não confundir com Mycenas sp, que algumas delas são venenosas e ou


psicotrópicos.









Esporos do A-03(Coprinellus sp branco da amoreira).
Incubação de 3 dias (ou + ou - 60 horas).





Vê-se formando na superfície do ágar, colôlias globulares em capa (sem hifa), coloração quaze branca, discretamente parda, com ondulções de pressão entre colônias. Aparentemente sem contaminantes, à olho nú.














Recorte da mesma imagem acima, em mais detalhes no foco das colônias de esporos.
Note um ponto, no alto da imagem, da colônia, há um local(ponto) mais escurecido (marrom-preto). Este é o local onde foi feita inoculação dos esporos, com arame flambado à chama de vela. E ficou mancha de fuligem da chama. Note que todo o restante da colônia ficou com cor uniforme. Denotando que não houve contaminação.






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